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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

IPIAÚ FOI CAMPEÃ EM FRAUDES CONTRA A PREVIDÊNCIA E SEGURO DESEMPREGO, APONTA INVESTIGAÇÃO

REPRESENTANTES DOS ÓRGÃOS PARTICIPANTES DA OPERAÇÃO MELAÇO

A cidade de Ipiaú foi apontada como a “campeoníssima” no número de fraudes contra a previdência e o seguro desemprego, de acordo com levantamento da Polícia Federal e órgãos envolvidos na “Operação Melaço”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) em diversos municípios do interior. Dois agentes conveniados com o Sine – Sistema Nacional de Empregos, foram presos durante a operação. Em entrevista coletiva realizada na cidade de Jequié, representantes da Polícia Federal, Ministério Público, Previdência Social e outros órgãos que participam das investigações, disseram que a quadrilha tinha atuação em várias cidades, se estendendo até o extremo sul da Bahia. 

Só em Ipiaú, uma pessoa foi presa com 1.500 requerimentos fraudulentos de seguro desemprego. Os escritórios do Sistema Nacional de Emprego – Sine – foram alvo das investigações, com mandados de busca e apreensão nas cidades de Valença, Ipiaú, Prado, Itamaraju, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro. O chefe da organização criminosa é um técnico em contabilidade, também da cidade de Ipiaú, já indiciado desde 2007, por fraude contra a Previdência Social. As investigações prosseguem e os investigadores dizem que foi preciso fazer a ação agora, devido ao elevado número de fraudes registradas. De acordo com essas investigações, os fraudadores eram muito ágeis na constituição de novas empresas e os que foram presos nesta quarta-feira, devem auxiliar na indicação de outros fraudadores.

Os principais envolvidos, de acordo com as revelações feitas na coletiva desta manhã, são técnicos em contabilidade e dois agentes públicos credenciados. O prejuízo já identificado passa dos R$17 milhões, segundo as investigações preliminares. O dano à previdência social, está estimado em R$5 milhões. Cerca de 200 empresas estão envolvidas, segundo o levantamento. Ainda de acordo com representantes do Ministério Público Federal, a investigação durou cerca de um ano e, durante esse período, empresários chegaram a procurar o MPF para denunciar que as suas empresas estavam sendo usadas de forma fraudulenta, na aplicação dos golpes. Isso permitiu à PF chegar aos autores de alguns dos crimes. O golpe aplicado atingiu a muitas pessoas humildes da zona rural de cidades do sudoeste da Bahia. Algumas dessas pessoas tiveram nomes utilizados indevidamente na fraude, enquanto outras recebiam quantias entre cem e duzentos reais para ir aos bancos receber o dinheiro, repassando o valor maior para a quadrilha.

FONTE: AGORA NA BAHIA

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