Na tarde de ontem (23), policiais militares do PelotãoTático Móvel, sob o comando do capitão Neves, Paulo de Jesus Oliveira, 19 anos, morador da localidadeconhecida como Lagoa das Pedras, que fica nasproximidades do bairro Mangabeira. Ele é acusado deinvadir a residência da dona de casa Clemilda Fraga daSilva, 42 anos, também localizada na Lagoa das Pedras, na noite da última terça-feira (21).
A PRISÃO
O capitão Neves disse para a reportagem que após tomar conhecimento, através da imprensa local, que umhomem teria invadido uma residência e raptado a esposa de um agricultor. Os familiares apontava um homemde prenome Paulo como suspeita. “Depois, chegaram mais informações até o Comando de PoliciamentoRegional Leste (CPRL) de que o suspeito ainda estaria na região do crime”. Neves também contou que, no final da manhã de quinta-feira (23), “nossas guarnições se deslocaram pararesidência da dona de casa e, após ouvir o relato de uma criança de 7 anos, que contou como a sua mãe foicarregada pelo criminoso, iniciamos uma perseguição para encontrar o acusado. Tomamos conhecimento deque o mesmo estava na casa de um familiar, localizada no bairro Mangabeira”.
“Seguimos para o local e conseguimos prendê-lo. Após questionarmos o paradeiro da dona de casa, o mesmocontou tudo e nos levou até o local onde ele e uma segunda pessoa teriam jogado o corpo de Clemilda dentrode uma cisterna, em um local de mata fechada, na Lagoa das Pedras”.
BRIGA POR TERRA
Moradores da localidade afirmaram que a dona de casa Clemilda e seu companheiro moravam há muito temponuma casa localizada dentro da fazenda de um homem de prenome Deusdete. Deusdete teria pedido para quecasal saísse da casa, mas Clemilda e o companheiro se recusavam, alegando que não tinham para onde ir.“Eles chegaram até a pedir uma indenização, já que os mesmos tomaram conta da terra durante muito tempo”,contou um morador da fazenda que não quis ser identificado.
O RAPTO
Paulo afirmou para a reportagem que foi procurado por um homem de prenome Deusdete, que lhe ofereceu aquantia de R$ 2 mil reais para o mesmo matar Clemilda e entregar a ele. “Ele (Deusdete) falou que nem elanem o marido queriam sair da sua terra. Aí ele me ofereceu esse dinheiro, fui até a casa dela, peguei, jogueinas costas e levei até a ele, que estava me esperando próximo daqui”.
“Entreguei ela e fiz que fui embora, mas fiquei escondido dentro do mato. Depois, ele saiu sem ela e retorneipara o local. Quando cheguei lá, ela estava morta com três facadas; depois, ele veio e me pediu para ajudar ajogar ela dentro da cisterna. Depois disso fui para minha casa, no dia seguinte fui para casa da minha irmã ehoje os policiais me prenderam”.
CORPO DE BOMBEIROS
Uma equipe do Corpo de Bombeiros compareceu ao local para retirar o corpo da dona de casa de dentro dacisterna, que tinha aproximadamente 20 metros de profundidade. O trabalho dos bombeiros durou quase umahora, devido à dificuldade do local.
Após a retirada do corpo de Clemilda, investigadores da Delegacia de Homicídio e da 2ª Delegacia, juntamentecom peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), realizaram o levantamento cadavérico. O corpo da dona de casa foi encaminhado para o DPT para a necropsia.
OUTRO CORPO
Após Paulo confessar o crime, o mesmo também relatou para os policiais militares que há cerca de 2 anosteria matado um homem de prenome Sebastião, que era seu cunhado. O corpo de Sebastião também foijogado dentro de uma cisterna, localizada a poucos metros da que jogou o corpo de Clemilda. Devido ao tempo,que escureceu, o Corpo de Bombeiro retornará hoje para fazer a retirada do resto mortais do corpo deSebastião. Familiares de Sebastião afirmaram para a reportagem que o mesmo está desaparecido há dois anos.
A QUEIXA
O agricultou Antônio Orlando Martins da Costa, 33 anos, compareceu na última quarta-feira (22) à 2ª Delegacia,informando que a sua companheira foi levada à força por um homem de prenome Paulo, quando o mesmoinvadiu a casa e colocou a esposa nas costas e saiu correndo em direção a um matagal.
“Eu moro com ela há oito anos e vivemos muito bem. Eu não sei o que aconteceu, já que na hora só o filhodela, de sete anos, presenciou o rapto”, disse o agricultor.
LINCHAMENTO
Por pouco moradores da Lagoa das Pedras e familiares da dona de casa Clemilda não lincharam o acusado. Jáque os militares não deixaram e conduziram o acusado para Delegacia de Homicídio, onde o mesmo foiautuado em flagrante por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e rapto
FONTE: POLÍCIA É VIOLA
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